Nova opção de cuidado com a saúde chega ao Jardim Paraguaçu

História de perseverança gera nova clínica de saúde na zona leste.

A vida dos brasileiros passa por diversas adversidades ao longo do tempo, além dos problemas que englobam toda a sociedade como a pandemia do novo coronavírus, por exemplo, cada indivíduo conta com suas particularidades e dificuldades únicas, e lutam para enfrentá-las e superá-las com êxito.

Assim é a história de Márcia Santana, moradora do Jardim Paraguaçu, zona leste da capital, que teve de superar adversidades e passar tempos difíceis antes de poder prosseguir trabalhando com o que mais amava, educação infantil. Após sete anos distante da sua paixão profissional, Márcia viu nascer uma oportunidade de enriquecer a região e voltar a atuar com crianças e desenvolvimento educacional, para isso, ela e sua filha Daiane fundaram o Instituto Darma, que possui atendimento psicopedagogo para crianças com dificuldade de aprendizado, e ainda oferece uma opção de clínica de tratamento odontológico para a região.

“A tia do meu marido tinha uma escola de educação infantil, ela me chamou para poder ajudar ela na escola porque seu marido estava doente, e quando eu cheguei lá eu me encantei pela escola e pelas crianças, por o marido estar doente ela me ofereceu a compra da escola, como eu não tinha pedagogia eu chamei uma professor da minha filha para ser sócia e a gente começou a assumir a escola, então eu assumi a escola por um tempo, junto com ela, depois ela saiu, eu fiquei sozinha e nesse tempo que fiquei sozinha eu construí a escola, um novo local, porque a gente ficava num lugar alugado, então a gente construiu a escola da base do jeito que eu sempre sonhei, então a gente ficou nessa assim, desde o alicerce construindo, levantamos a escola, fomos devagarinho caminhando, fiquei com a escola doze anos, e depois de doze anos tive que fechar a escola e fechando a escola fiquei 7 anos sem trabalhar com educação infantil” relatou.

Márcia explicou que teve de fechar a escola de educação infantil pois não possuía a planta comercial do prédio, e por possuir condições financeiras de providenciar toda a documentação requerida, optou por fechar o estabelecimento para evitar dívidas com as multas aplicadas pela demora da entrega dos documentos, a professora também explica que adiou por alguns meses o fechamento para que os pais e responsáveis pudessem realocar suas crianças.

Hoje, junto a sua filha, doutora Dayane De Paula, Márcia coordena o Instituto Darma, no mesmo prédio onde um dia foi sua escola, segundo Daiane, a ideia é oferecer um serviço de qualidade para a região, com um trabalho de saúde bucal e mental em um mesmo estabelecimento.

“Eu sempre foquei em uma odontologia humanizada o que uma odontologia humanizada, é quando você pensa na saúde do seu paciente, e não no dinheiro que entra nos seu bolso, quando você coloca a real necessidade em primeira mão […] estamos começando, temos apenas uma cadeira odontológica, temos só uma sala de pedagogia e psicologia e todo esse universo, e a ideia é essa, trazer a saúde para as pessoas e pro bairro, tanto é que quando foi pra montar a clínica eu fui muito questionada, “Porque você não pro Tatuapé, vai pro Carrão” porque eu faço lente, é um procedimento que tem um valor, e eu falei que não, porque eu acho que quando você desenvolve onde você cresceu, acho que esse é o segredo do sucesso, o bairro está em desenvolvimento.” explicou.

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